Reflexão sobre a 1.ª Sessão
Quando a coordenadora do departamento de línguas me telefonou, estava eu, despreocupadamente, a degustar um arroz de marisco acompanhado por uma simpática garrafa de Gazela, está claro «um verde», embora seja um grande apreciador de tinto maduro (não seja eu da região do Alto Douro). Assim, após o telefonema ficou a ecoar algo que me parecia estranho e ao mesmo tempo familiar. Não tive alternativa: “- és único professor de Português do 3.º ciclo, do quadro da nossa escola, neste momento, e portanto está designado como replicador do Novo Programa de Português 2009”. Fiquei a matutar sobre o que tinha escutado durante alguns instantes, pois não fazia ideia do que poderia ser um replicador, minto, fingi que não sabia… assim permaneci cerca de um mês, sem mais informações sobre a tarefa que se aproximava.
Numa bela manhã de Outubro, recebo finalmente um ofício que me convocava para o meu destino. Ora bem, cá estou… e agora vou trabalhar! A formação arrancou… gostei de reencontrar alguns colegas de outras escolas com os quais trabalhei no passado, inclusive com uma das formadoras presente na 1.ª sessão.
Daquilo que apreendi - fez-se um Enquadramento Geral do Curso, onde se destacaram os seguintes aspectos: as tendências internacionais de transformação no ensino das línguas de escolarização; as orientações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001); as orientações da Comissão das Comunidades Europeias (“Promover a aprendizagem das línguas e a diversidade linguística: Um Plano de Acção 2004-2006”); as tendências nacionais de transformação da área do Português; a apropriação da Reorganização Curricular do Ensino Básico (Bento, 2008); a apropriação dos programas de Português do Ensino Secundário (Leal, 2008); o contexto formativo em presença.
De seguida foi-nos dado a conhecer o contexto em que se formaram os novos programas: o PISA 2000 – Literacia em contexto de leitura; o Projecto Investigação e Ensino da Língua Portuguesa (IELP); no plano da expressão oral – debate e interacção oral; no plano da escrita; no plano da leitura; no plano do conhecimento explícito da língua; as Dificuldades/Necessidades sentidas pelos professores; as Dificuldades do Sistema; as Recomendações da Conferência Internacional sobre o Ensino do Português (7 a 9 de Maio de 2007).
Após termos enquadrado o curso e verificarmos em que contexto se formou o Novo Programa de Português 2009, partimos à descoberta dos meandros do «Novo» Programa de Português. Assim, este realça um conjunto de valores que o estruturam e fundamentam. Por outro lado, tem subjacente quatro eixos estruturantes (experiência humana, comunicação linguística, conhecimento linguístico e conhecimento translinguístico). Foram apresentados termos e conceitos-chave, tais como: Competências; Competências Específicas; Domínios/Competências; Conteúdos; Desempenho; Descritor de desempenho; como estes conceitos se articulam nos quadros e ainda exemplos de Articulação Inter-Ciclos e Progressão Vertical.
Depois de alguma teoria, eis que surge uma nova etapa – exercícios práticos dentro da sala de aula. Estes exercícios possibilitaram contactar fisicamente com o Programa e após a conclusão dos trabalhos, abriu-se caminho para a uma discussão entre os presentes, o que é sempre salutar.
Em suma, penso que o Novo Programa de Português apresenta vantagens significativas em relação ao seu predecessor: - apresenta-se sob uma roupagem mais sintética e objectiva, através dos descritores de desempenho, conteúdos e notas que realmente são esclarecedoras; mostra-nos como é feita a progressão das aprendizagens da língua, enfatizando a articulação vertical entre os três ciclos do ensino básico;apresenta-nos uma aprendizagem que se vai construindo, tendo sempre por base aquilo que foi adquirido nos anos ou ciclos anteriores, num continuum crescente de especialização, complexificação e sistematização, dando lugar por último à progressão ;por outro lado, realça a transversalidade do Português que está intimamente relacionado com às várias disciplinas do ensino básico, servindo de alavanca para um verdadeiro sucesso educativo; reenvia-nos para a nova terminologia linguística; finalmente, dá bastante destaque à utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC) como ferramenta indispensável de aprendizagem.
Nesta 1.ª sessão fiquei com a sensação que houve a preocupação de reabilitar a Compreensão/Expressão Oral e colocá-la ao mesmo nível de importância das outras competências. No entanto, ainda haverá muito a fazer para que esta competência saia da sua semi-obscuridade, com tempo lá chegaremos.
Em jeito de conclusão, direi como disse Fernando Pessoa em relação esta primeira sessão “Valeu a pena?/Tudo vale a pena/Se a alma não pequena.”
Max Teles
Quando a coordenadora do departamento de línguas me telefonou, estava eu, despreocupadamente, a degustar um arroz de marisco acompanhado por uma simpática garrafa de Gazela, está claro «um verde», embora seja um grande apreciador de tinto maduro (não seja eu da região do Alto Douro). Assim, após o telefonema ficou a ecoar algo que me parecia estranho e ao mesmo tempo familiar. Não tive alternativa: “- és único professor de Português do 3.º ciclo, do quadro da nossa escola, neste momento, e portanto está designado como replicador do Novo Programa de Português 2009”. Fiquei a matutar sobre o que tinha escutado durante alguns instantes, pois não fazia ideia do que poderia ser um replicador, minto, fingi que não sabia… assim permaneci cerca de um mês, sem mais informações sobre a tarefa que se aproximava.
Numa bela manhã de Outubro, recebo finalmente um ofício que me convocava para o meu destino. Ora bem, cá estou… e agora vou trabalhar! A formação arrancou… gostei de reencontrar alguns colegas de outras escolas com os quais trabalhei no passado, inclusive com uma das formadoras presente na 1.ª sessão.
Daquilo que apreendi - fez-se um Enquadramento Geral do Curso, onde se destacaram os seguintes aspectos: as tendências internacionais de transformação no ensino das línguas de escolarização; as orientações do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001); as orientações da Comissão das Comunidades Europeias (“Promover a aprendizagem das línguas e a diversidade linguística: Um Plano de Acção 2004-2006”); as tendências nacionais de transformação da área do Português; a apropriação da Reorganização Curricular do Ensino Básico (Bento, 2008); a apropriação dos programas de Português do Ensino Secundário (Leal, 2008); o contexto formativo em presença.
De seguida foi-nos dado a conhecer o contexto em que se formaram os novos programas: o PISA 2000 – Literacia em contexto de leitura; o Projecto Investigação e Ensino da Língua Portuguesa (IELP); no plano da expressão oral – debate e interacção oral; no plano da escrita; no plano da leitura; no plano do conhecimento explícito da língua; as Dificuldades/Necessidades sentidas pelos professores; as Dificuldades do Sistema; as Recomendações da Conferência Internacional sobre o Ensino do Português (7 a 9 de Maio de 2007).
Após termos enquadrado o curso e verificarmos em que contexto se formou o Novo Programa de Português 2009, partimos à descoberta dos meandros do «Novo» Programa de Português. Assim, este realça um conjunto de valores que o estruturam e fundamentam. Por outro lado, tem subjacente quatro eixos estruturantes (experiência humana, comunicação linguística, conhecimento linguístico e conhecimento translinguístico). Foram apresentados termos e conceitos-chave, tais como: Competências; Competências Específicas; Domínios/Competências; Conteúdos; Desempenho; Descritor de desempenho; como estes conceitos se articulam nos quadros e ainda exemplos de Articulação Inter-Ciclos e Progressão Vertical.
Depois de alguma teoria, eis que surge uma nova etapa – exercícios práticos dentro da sala de aula. Estes exercícios possibilitaram contactar fisicamente com o Programa e após a conclusão dos trabalhos, abriu-se caminho para a uma discussão entre os presentes, o que é sempre salutar.
Em suma, penso que o Novo Programa de Português apresenta vantagens significativas em relação ao seu predecessor: - apresenta-se sob uma roupagem mais sintética e objectiva, através dos descritores de desempenho, conteúdos e notas que realmente são esclarecedoras; mostra-nos como é feita a progressão das aprendizagens da língua, enfatizando a articulação vertical entre os três ciclos do ensino básico;apresenta-nos uma aprendizagem que se vai construindo, tendo sempre por base aquilo que foi adquirido nos anos ou ciclos anteriores, num continuum crescente de especialização, complexificação e sistematização, dando lugar por último à progressão ;por outro lado, realça a transversalidade do Português que está intimamente relacionado com às várias disciplinas do ensino básico, servindo de alavanca para um verdadeiro sucesso educativo; reenvia-nos para a nova terminologia linguística; finalmente, dá bastante destaque à utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC) como ferramenta indispensável de aprendizagem.
Nesta 1.ª sessão fiquei com a sensação que houve a preocupação de reabilitar a Compreensão/Expressão Oral e colocá-la ao mesmo nível de importância das outras competências. No entanto, ainda haverá muito a fazer para que esta competência saia da sua semi-obscuridade, com tempo lá chegaremos.
Em jeito de conclusão, direi como disse Fernando Pessoa em relação esta primeira sessão “Valeu a pena?/Tudo vale a pena/Se a alma não pequena.”
Max Teles
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