domingo, 27 de dezembro de 2009

Reflexão sobre a 2.ª Sessão

Reflexão sobre a 2.ª Sessão

No caminho para a 2.ª sessão não encontramos nenhum «lobo mau», nem sequer nos atrasamos «a colher flores no bosque», pois todos já conheciam «a casinha da avó».
Após as habituais saudações, formadores e formandos arregaçaram as magas e começaram com as suas respectivas tarefas. Assim, logo no início dos trabalhos houve lugar a uma partilha de experiências. Ponto de partida para a abordagem do CEL cujo tema «Cruzar percepções de práticas e analisar necessidades no CEL, deu lugar a pequenos grupos de trabalho. Seguiu-se uma sessão plenária, em que se discutiu calorosamente o tema referido.
Depois do revigorante almoço foi apresentado o tema «Visão Global da experiência dos docentes relativamente ao ensino da Língua Portuguesa: estudo da DGIDC». Daí saíram algumas conclusões: a Importância atribuída a cada competência no trabalho desenvolvido em sala de aula, concluindo-se que o CEL ocupa o menor espaço; os alunos tem dificuldades em reinvestir os conhecimentos adquiridos na leitura e na escrita; os professores ainda têm algumas dificuldades no que diz respeito à transmissão das matérias a vários níveis; que métodos utilizar? 1 – Planificação; 2 – Observação e descrição de dados (formulação de hipóteses e testagem com novos dados); 3- Treino; 4- Avaliação.


Após estas conclusões, passou-se a exercícios de anualização – CEL. Esta tarefa suscitou alguma agitação na plateia, pois era algo novo, à primeira vista, revestida de um certo grau de dificuldade. No entanto, com algum esforço foram apresentadas as anualizações dos vários grupos de trabalho. Ver as diferenças entre ciclos e saber se a anualização poderia ser feita por conteúdos ou por competências, levantou algum burburinho na sala. Contudo, agora que nos foram apresentados exemplos concretos, penso que temos outra noção de como poderemos elaborar uma anualização.
«O pôr do sol chegou», seguimos os nossos caminhos de volta ao doce lar e à nossa outra dimensão de vida, o de pais e mães, consumidores assíduos ou, simplesmente, cidadãos comuns que vivem o seu quotidiano.
Outra manhã surgiu, outros trabalhos estavam à nossa espera. Desta vez o tema «Desafios de escrita: a oficina de escrita». Assim, a escrita surge como uma prática integrada das várias competências; todavia deparamo-nos com vários constrangimentos: desde logo a falta de tempo; vencer a resistência dos alunos à escrita; mostrar aos alunos que a escrita exige treino; é preciso uma planificação de texto; por último, é necessário uma utilização de mecanismos de coesão e coerência. As formadoras tentaram mostrar que estes constrangimentos podem ser superados, dicas e experiências pessoais foram apresentadas, alguns dos formandos também as partilharam, o que foi enriquecedor. Em suma, a planificação, a textualização e a revisão estão na ordem do dia, não esquecendo a avaliação (auto e Hetero) através de grelhas objectivas e fidedignas. De seguida, passou-se da teoria à prática, formaram-se pequenos grupos de trabalho e apresentaram-se conclusões bastante pertinentes.
«A Menina Manhã» espirou, dando lugar «À Senhora Tarde» inicialmente, mais sonolenta, mas com o novo tema «Eixos da compreensão oral» - planificação de actividades privilegiando a lógica processual, rapidamente o ritmo do trabalho voltou a apoderar-se da sala e dos presentes.
Para haver comunicação é necessário, logo à partida, um emissor e um receptor, quem transmita a mensagem e quem a receba (escute). Logicamente, estão implícitos processos de compreensão (inseridos num determinado contexto, propósito e tema), ou seja, reconhecer, seleccionar interpretar, que por sua vez envolvem o antecipar, o inferir e o reter, isto primeiramente numa memorização a médio prazo, para finalizar numa memória a longo prazo (conhecimentos gramaticais, do mundo, entre outros).
Para acabar esta já extensa reflexão, direi que todo este trabalho tem uma virtude – naquilo que me diz respeito, já estava um pouco afastado do aspecto mais visceral da Língua Portuguesa. Esta formação deu-me esta nova oportunidade de remexer nos fundamentos tão vastos e sempre dinâmicos da nossa língua.
Max Teles












sábado, 26 de dezembro de 2009

forum: 2.ª Sessão

Fórum: 2.º sessão

Bom dia, boa tarde ou boa noite!

Li com atenção os vossos "desabafos" e sugestões relacionados(as) com as, sempre presentes, dificuldades na produção de texto. Ora, também as encontro em alunos do 3.º ciclo... estes alunos, e agora remetendo para o Novo Programa de Português, deveriam «Produzir textos em português padrão, recorrendo a vocabulário diversificado e a estruturas gramaticais com complexidade sintáctica, manifestando domínio de mecanismos de organização, de articulação e de coesão textuais e aplicando correctamente regras de ortografia e pontuação. », mas será que o conseguem?! Toda nós sabemos que poucos são aqueles que chegam a estes resultados esperados! No entanto, alguns, felizmente, conseguem surpreender-nos... depois, pensei, agi e tive a «brilhante» ideia de ver o que estava nas entrelinhas, ou seja, procurei inteirar-me dos hábitos de estudo dos alunos que conseguiam produzir textos aceitáveis. Eis que confirmei as minhas suspeitas - esses discentes eram assíduos leitores.
Ler, não será o remédio santo para todos os males, nem tão pouco o achamento da Pedra Filosofal, mas esta prática regular favorece os audaciosos, na medida em que é uma pequena panaceia para curar vários problemas, um dos principais - a falta de vocabulário diversificado (também aqui incluídas aquelas «palavrinhas mágicas» chamados vulgarmente articuladores do discurso).
Obrigado pela atenção!!!

Forum: 1.ª Sessão

Forum: 1.ª Sessão

Compreensão/expressão oral - Resultados esperados:

Todos nós gostaríamos de ter alunos deste calibre, ou seja, que conseguissem “Produzir discursos orais correctos em português padrão, usando vocabulário e estruturas gramaticais diversificados e recorrendo a mecanismos de organização e de coesão discursiva.”. Contudo, hoje, é uma raridade encontrarmos no 3.º ciclo alunos que preencham estes requisitos.
Aqui, na minha modesta opinião, o que realmente funciona não é a regra, mas sim a excepção. No meu caso, em 70 alunos, tenho uma única discente que é “fora de série”, literalmente, pois até parece que todos os outros foram “produzidos” na mesma linha de montagem. Logicamente, estou a hiperbolizar um pouco esta constatação, mas deixa-me deveras perplexos esta evidência, e daí perguntar-me o que se passou de errado para que tantos alunos não consigam sequer usar vocabulário diversificado. Talvez, até saiba, mas levar-nos-ia para outras discussões…Contudo, “tristezas não pagam dívidas”, não podemos chorar agora no leite derramado, temos de seguir em frente.
Assim, penso que talvez com esta ênfase dado à Compreensão/Expressão Oral algo irá mudar no panorama do Ensino Básico.